Governos europeus facilitam contratação de caminhoneiros estrangeiros

Será que vale a pena? As empresas europeias estão cada vez mais abrindo oportunidades para os brasileiros trabalharem como motoristas de caminhão

O interesse de governos estrangeiros em profissionais de outras nacionalidades têm sido motivados pela falta de mão de obra qualificada. Esse recrutamento está abrindo oportunidades para os imigrantes, principalmente, tem atraído muitos brasileiros que desejam fazer uma viagem à Europa em busca de trabalho. Apesar de ser uma proposta tentadora para aqueles que sempre tiveram o desejo de emigrar, é importante avaliar se vale a pena ser caminhoneiro no continente europeu. Mas, afinal, por que estão convocando os estrangeiros? Continue a leitura!

Governos europeus: o que motiva a seleção de caminhoneiros brasileiros?

A economia da Europa em 2020 sofreu grandes impactos com os assombros da Covid-19. Os dias em que a Terra parou, fez com que muitas pessoas parassem também. No entanto, as necessidades ainda precisavam ser supridas, mesmo com o pânico instaurado.

Após esse período fatídico, em 2021, a economia europeia volta a crescer, gerando 245 mil vagas disponíveis para motorista. Com a escassez de mão de obra e a falta de interesse dos nativos por essa contratação, a solução encontrada pelos governos foi contratar os povos estrangeiros.

Assim, perdura até os dias atuais e algumas empresas espanholas como o Grupo de Pedro Molinero disponibiliza oportunidades voltadas para caminhoneiros de países como a Argentina, Brasil, Chile, Equador, Peru e Venezuela.

Ser ou não ser caminhoneiro na Europa: o que considerar?

Segundo o site alemão Autobahn, a média salarial de um caminhoneiro na Europa é de mais ou menos três mil euros, em torno de 16.200 reais, mas pode variar de acordo com a empresa e tipo de transporte realizado. Ainda há transportadoras que oferecem benefícios adicionais, quanto mais qualificado for o motorista, maior será a remuneração.

No entanto, levando em conta o custo de vida dos países europeus, esse valor não é atrativo para os nativos, pois o salário é considerado muito abaixo da média esperada, o que contribui para o aumento do desinteresse dos moradores do lugar.

Dessa maneira, os brasileiros devem avaliar o custo de vida do local, outras questões como moradias, alimentação e as necessidades básicas. Mesmo que pareça ser um salário alto quando convertemos para nossa moeda, deve ter atenção já que os gastos são em euros.

Para sanar a dúvida quando surgir, se vale a pena ou não embarcar nessa nova empreitada, é fundamental também considerar outros aspectos além do salário. Caso seja um país onde o idioma predominante é o inglês, avaliar a sua familiaridade e domínio da língua materna do local vai ajudá-lo na fase de adaptação. Ademais, antes de qualquer decisão, balanceie os custos com passagem, assim como documentação necessária para a mudança de país.

Para aqueles que já residem fora fica mais fácil conseguir a vaga para motorista, mas não é impossível para quem ainda está morando no Brasil, uma vez que existem empresas de RH como no caso da Midia Truck Brasil que ofertam vagas de caminhoneiro para o exterior. Logo, para saber se é um bom negócio ou não emigrar, a resposta é: tudo dependerá de fatores como a oportunidade oferecida. Ponderar todas essas questões vai ajudar a tomar uma boa decisão.

No entanto, como nem tudo tem só o lado negativo, vale destacar que para os profissionais experientes o mecanismo do caminhão é o mesmo aos que temos aqui, rodando pelas estradas brasileiras, exceto a montadora MAN e a Renault Trucks, já que tecnicamente falando utilizam a mecânica Volvo. Mas ao que se refere às dimensões de peso são semelhantes às do nosso país, pois nossa legislação tem inspiração na europeia.