Como funciona o sistema financeiro argentino?

O sistema financeiro argentino é complexo e possui características únicas que o distinguem de outros sistemas financeiros ao redor do mundo. Essa complexidade resulta de uma série de fatores históricos, econômicos e políticos que transformaram a maneira como o setor opera.

Por isso, para quem pensa em viajar para a Argentina, é necessário conhecer os principais aspectos do sistema financeiro, incluindo suas principais instituições, regulamentações e o histórico, além dos desafios atuais.

Histórico do sistema financeiro argentino

O sistema financeiro argentino possui um histórico econômico que, infelizmente, foi marcado por uma série de crises financeiras e hiperinflação, além de reestruturações de dívidas. Esses eventos acabaram impactando de forma direta no sistema financeiro do país. A década de 1980 pode ser considerada a mais difícil para o país.

Nos anos 1990, o país acabou adotando a conversibilidade do peso ao dólar, pensando que isso seria suficiente para estabilizar a economia. No entanto, graças a essa política, uma crise muito severa teve início dos anos 2000 até o default da dívida, no ano de 2001.

Principais instituições financeiras do país

O sistema financeiro argentino é composto por uma série de instituições, que incluem bancos comerciais, bancos de investimento, cooperativas de crédito e entidades financeiras não bancárias. Dessa forma, as principais instituições são:

  • Banco Central da República Argentina (BCRA): autoridade monetária do país, responsável por implementar a política monetária, regular o sistema financeiro e manter a estabilidade do peso argentino;
  • Bancos Comerciais: incluem os bancos privados e os públicos, como o Banco de la Nación Argentina, que pode ser considerado um dos maiores e mais relevantes do país;
  • Bancos de Investimento e Cooperativas de Crédito: estão em menor número no sistema financeiro argentino, mas possuem um papel importante no financiamento de empresas e projetos.

Mercado cambial

Levando em consideração a necessidade de pagamentos na Argentina, é importante saber como funciona o mercado cambial. Graças a uma longa história de inflação alta e desvalorização da moeda, muitos argentinos preferem manter ativos em formato de dólares americanos.

O país opera por meio de um sistema múltiplo, onde existem várias taxas de câmbio oficiais e paralelas, frequentemente chamadas de “dólar blue”. Por causa dessa dualidade, é possível notar a escassez de dólares, bem como as restrições de câmbio impostas pelo próprio governo para controlar a saída de divisas.

Como funcionam os pagamentos na Argentina?

Ao entender um pouco melhor sobre o sistema financeiro argentino, esta dúvida fica no ar: como funcionam os pagamentos no país? O primeiro passo é compreender que, apesar dos pagamentos eletrônicos terem ganhado força, o dinheiro em espécie ainda é muito utilizado no país.

Os cartões de crédito e débito também são métodos de pagamento populares, ainda mais em áreas urbanas. As principais redes de cartões internacionais são aceitas, usufruindo de parcelamento e descontos. Outras formas de pagamento são as transferências bancárias e online, os pagamentos eletrônicos e digitais, e códigos QR. E a Western Union Argentina também está disponível no país para envio de dinheiro internacional!

Qual é a moeda da Argentina?

Por ser muito amplo, o sistema financeiro argentino pode causar dúvidas quanto à sua moeda. A moeda oficial é o peso argentino, simbolizado somente pelo signo de “$”, adotando o código ISO “ARS”. Essa moeda é subdividida em 100 centavos.

Como são feitos os pagamentos na Argentina?

Os pagamentos na Argentina podem ser realizados de diversas maneiras, como por cartão de crédito, débito, dinheiro em espécie, transferências bancárias, pagamentos eletrônicos e digitais, com ênfase no Mercado Pago, código QR e alguns pagamentos de serviços públicos e contas.

Conclusão

O sistema financeiro argentino é um reflexo das complexidades e desafios que o país precisa enfrentar. Desde a gestão da inflação até a regulação de seu mercado cambial, passando pela supervisão das instituições financeiras, cada aspecto está diretamente ligado com a situação macroeconômicas do país.